O tempo de mudar está passando...

30 anos em 3 meses?

2050 foi antecipado para 2020?

Será que a COVID-19 irá realmente transformar a forma como vivemos e trabalhamos?

Será que a aceleração digital vai acontecer em um ritmo mais frenético?

Vou fazer, aqui, uma série de perguntas, sem a pretensão de ter alguma resposta precisa, pois são de foro íntimo e pertencem a cada um que estiver lendo estas provocações, pois ajudam na entusiasmada reflexão neste novo mundo pós pandemia e, que, talvez, daqui há 30 anos sejam até ridicularizadas.

 

Telemedicina será uma prática normal ou o corporativismo ainda a impedirá?

 Assinatura eletrônica em contratos digitais terão maior adesão do que fazê-lo, presencialmente, e no papel, com firma reconhecida em cartórios?

E Entrevistas de candidatos a uma vaga poderão ser, cada vez mais remotas? Talvez executadas por um bot, ao invés de um ser humano?

Agendamento de espaços compartilhados poderão ser confirmadas por simples aplicativos ou ainda precisaremos de uma secretária para controlar um espaço físico?

Nosso quarto ou sala de estar se tornará nossa nova sala de aprendizado?

 Eventos terão mais público em ambientes virtuais ou presenciais?

Drones ou robôs poderão, efetivamente, realizar uma entrega de fast food?

Amor, sexo e solidão serão tratados através de robôs baseado em inteligência artificial?

Liberdades individuais serão mais restritivas através do controle de dados de geolocalização das pessoas?

Organizações conseguirão capturar mais clientes através de vendedores humanos ou explorando insigths de informações espalhadas através de redes sociais ou utilizando técnicas de marketing digital ?

Nosso prontuário médico eletrônico poderá ser portado ou lido a partir de um chip sob a pele?  

O home office se tornará um padrão ? e voçê poderá trabalhar com/para várias organizações ou seres humanos apenas serão consideradas produtivos trabalhando das 8 às 18hs para um único contratante?

 Deslocamentos e horas perdidas no trânsito, finalmente, serão substituídas, de forma mais produtiva, por reuniões e treinamentos virtuais?

Meu cadastro em um site de e-commerce, finalmente, poderá ser portado para qualquer outra loja online sem que eu necessite refazer um novo registro?

 Visitas a clientes ou fornecedores poderão ter entradas autorizadas em ambientes físicos, através de portas automáticas baseadas em agendamentos prévio, com data, horário e identificação biométrica, sem recepcionistas?

 O carro elétrico, enfim, irá substituir os automóveis movidos a combustão?

Shoppings serão espaços de funning ou de working?

Cláusulas, de alguns tipos de contrato, poderão ser geridas por RPA(automação de um processo robótico) e se tornarem efetivamente “smart contracts” ?

Meu tênis enviará dados dos meus passos para meu fisioterapeuta ou preparador físico para avaliação semanal de performance?

Conseguiremos reduzir a velocidade do encurtamento e desgaste dos nossos telômeros como fórmula da vida eterna ?

Impressoras 3D conseguirão resolver o problema habitacional em populações de baixa renda?

 As empresas terão coragem para novos cargos como “evangelistas digitais”, “analistas de machine learning”, “detetive de dados”, “curador de jornadas de realidade aumentada”, “content creators”, entre outros?

 Compras em supermercados ou lojas de conveniência ainda exigirão pessoas nos caixas?

Vigilância ou controle de criminosos serão feitas através de controles digitais (implantação de biochips) com punição imediata em casos de reincidências?

Organizações que não colaborarem para o bem comum deverão ser ranqueadas e classificadas, em aplicativos, para que seus públicos consumidores evitem a compra de seus produtos e serviços?

Talvez, uma das grandes coincidências dos questionamentos acima, seja o fato de que de forma quase unânime, em todos os processos citados o ser humano é totalmente dispensável

Algo a ver talvez com o fato de nos distanciarmos e sentirmos repulsa de outro ser humano, desconhecido, próximo a mim, em tempos de pandemia, por medo de contágio de um vírus desconhecido?

Este questionamento acima é bem explicada no livro “SAPIENS” do Yuval Harari. 

A OCDE ( Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - http://www.oecd.org/ ), em maio de 2019, dentre as várias diretrizes para governos a nível mundial, fez algumas recomendações sobre a velocidade de transformação do mundo, registradas em um documento oficial da entidade (https://www.oecd.org/going-digital/ai/principles/ ) e que aborda, de forma lateral e nem um pouco subliminar, as consequências da quase totalidade das perguntas acima:

Os governos devem tomar medidas, inclusive por meio do diálogo social, para garantir uma transição justa para trabalhadores de como a inteligência artificial é implantada, através de programas de treinamento ao longo da vida profissional, suporte para os afetados pelo deslocamento e acesso a novas oportunidades no mercado de trabalho”.

Bons entendedores, entenderão. Isso não é ficção científica! Assistam esta explanação, novamente, do grande historiador Yuval Harari, no fórum de Davos, em janeiro de 2020, e tirem suas próprias conclusões.

( https://www.youtube.com/watch?v=gG6WnMb9Fho&t=19s )

Qual é a transição justa para trabalhadores, em 2050, frente aos avanços da tecnologia e qual será a consequência se isso não for feito de forma disciplinada?

Talvez 2020 tenha antecipado as consequências de 2050!

O melhor e o pior do ser humano ainda estão por vir...

O tempo de mudar está passando...